Teria morrido se Deus não tivesse me protegido
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Publicado em 10/01/2020
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(FOTO) Pastor Zhou Dixian mostra o certificado de libertação após sair de um centro de detenção chinês.
Pastor relatou em uma carta após estar 2 anos preso na China, "teria morrido se Deus não tivesse me protegido".
Preso há dois anos acusado pelas autoridades chinesas de supostamente “provocar problemas”, o pastor Zhou Dixian foi libertado, na sexta-feira do dia 5 de abril de 2019, após cumprimento integral da sentença. O pastor conta que durante o período na prisão sofreu com maus-tratos e trabalhos forçados.
“Eu teria morrido de maus-tratos se Deus não tivesse me protegido e os irmãos e irmãs não tivessem orado por mim”, escreveu o pastor Zhou, numa carta aberta a 31 de Março, dizendo que ele finalmente conseguiu rever os seus familiares e estava grato por aqueles que o apoiaram.
Na carta ele descreve o tratamento que recebeu das autoridades chinesas enquanto estava na prisão, incluindo ser forçado a dormir de lado, o que causava dores insuportáveis nos seus ombros e costas. Também foi forçado a trabalhar desde que acordava até ao se deitar, abrindo lulas na água salgada, o que causou infecções e a perda de unhas.
Zhou conta que quando pediu remédios para que ele pudesse ser tratado daquelas infecções, as autoridades o negaram e proibiram o seu filho de comprar os medicamentos de que ele precisava.
Ao sair da prisão, uma das primeiras coisas que o pastor Zhou Dixian fez, na mesma noite, foi viajar para Pequim para proteger os seus direitos e cultos numa igreja da capital.
Antes da sua prisão, Zhou fundou uma igreja que não estava registada no governo, uma acção que o seu filho acredita ter contribuído para que as autoridades o prendessem. Agora que foi libertado, o pastor quer reiniciar a sua igreja. A família diz estar preocupada que, por isso, o governo possa prendê-lo novamente.
Em novembro de 2012, as autoridades demoliram a casa de Zhou, onde ele vivia com a sua esposa, Li Yuzhen, e destruíram a sua propriedade rural com macieiras. A polícia local recusou-se a assumir o caso, alegando que as acções vieram do governo, e assim Zhou precisou viajar a Pequim para relatar a questão aos funcionários superiores.
Durante as reuniões em Março de 2017 entre os dois principais órgãos da China, Zhou e Li foram presos e enviados de volta à sua cidade natal, onde ele recebeu uma pena de prisão de dois anos e um mês por "provocar problemas", e ela recebeu dois prazos de encarceramento de três anos e três meses. Li saiu da prisão de Jinan um ano e dois meses após seu marido.
Pedidos de Oração:
- Ore pelas Igrejas na China e pelos seus líderes para que o Senhor continue a abençoar o trabalho que eles têm feito em propagar o Evangelho.
Por jornalista Márcio Batista
Fonte: China Aid / Guiame
Foto: Reprodução / ChinaAid
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